"Tenho a língua presa ao maxilar inferior, o que me provoca grandes dificuldades quer para comer quer para falar. Se o meu serviço na Segurança Social é fazer atendimento ao público, desde a abertura até ao fecho, como posso trabalhar?"pergunta um funcionário público de 54 anos atingido por uma doença do foro oncológico e a que a junta médica da Caixa Geral de Aposentações se recusa a conceder a reforma antecipada. Há algum tempo o governo sentiu-se obrigado a alterar a composição destas juntas médicas tal era a arbitrariedade das suas decisões. Não deve ter chegado.Talvez valesse a pena auditar o trabalho destas juntas, que se escudam na legislação para esconder avaliações de natureza médica, tantas são as decisões que se tornam incompreensíveis para o comum dos mortais. E já agora conhecer a opinião da Ordem dos Médicos sempre tão atenta e zelosa ao bom cumprimento da profissão. Tem a Ordem alguma opinião sobre os comportamentos profissionais dos seus colegas das juntas?