Novamente os professores, todos naturalmente porque não foram abertas excepções. Agora responsabilizados por não combaterem o insucesso escolar. Na condução do governo existe uma política de confrontação com interesses e culturas profissionais consideradas ilegítimas. É uma orientação conduzida em nome da esquerda e do socialismo. Dando de barato as questões ideológicas, certo é que esta forma de fazer política, impossível num governo de direita que seria confrontado com uma enorme conflitualidade social, tem feito as delícias da opinião publicada, ávida de alguém “que mostre pulso de ferro” e que castigue os “interesses instalados”.Louva-se a coragem e a firmeza. E, a fazer fé nas sondagens, este modo de enfrentar os problemas, não tem abalado significativamente os índices de popularidade do Governo. Por mim tenho dúvidas que este seja o caminho. A história ensina-nos que as formas de “democracia musculada”correm sempre o risco de os regimes se encantarem com o “músculo” e esquecerem a democracia. O tempo dirá se estamos perante uma estratégia ou apenas perante um método. Se estamos perante a estratégia de construir um país diferente e melhor ou apenas perante uma forma particular de fazer política.