Tiro o chapéu à atitude e à denúncia de Jaime Gama relativa à utilização dos dinheiros públicos ,ou seja os nossos impostos, para pagamento dos assessores individuais dos grupos parlamentares. A situação revelada quanto ao número dos assessores que prestam apoio aos diferentes grupos parlamentares chega a ser obscena. Há partidos em que o número de assessores é maior que o dos respectivos deputados numa proporção escandalosa . Muito se falou, e com razão, da Câmara de Lisboa. Muitos dos que falaram, praticam no Parlamento, precisamente as práticas que criticaram. Os partidos e os e seus quadros vivem hoje numa parte significativa de casos como verdadeiros “funcionários do Estado” camuflados sobre variadíssimas designações mas pagos pelos dinheiros públicos para prestarem serviços não ao Estado, mas aos seus partidos. A democracia tem custos que todos temos que suportar. Mas o grau dependência ultrapassa o razoável. Numa altura em que o governo se preocupa em controlar a despesa publica reduzindo os seus custos com os verdadeiros funcionários públicos bom seria que terminasse com a situação dos que o não sendo vivem como se o fossem.