Quando a gente pensa que sabe todas as respostas,vem a vida e muda as perguntas

30
Nov 07

Governo e sindicatos esgrimem sobre o número de grevistas. O governo fala do que está a funcionar. Os sindicatos do que está encerrado. Cada um apresenta a sua razão. E ambos sabem como se manipulam estas coisas. Mas na situação do país  não há manipulação que lhe resista: Portugal desceu nos indicadores de desenvolvimento humano, é o país da zona euro com maior desigualdade entre ricos e pobres, tem a mais elevada taxa de pobreza, as mais altas taxas de desemprego e os salários mais baixos . Esta é a nossa verdadeira tragédia.

 

 

publicado por José Manuel Constantino às 17:09

29
Nov 07

Com a saída do Rodrigo Leão os Madredeus não perderam e a música portuguesa ganhou mais um criador da grande qualidade. Agora a saída de Teresa Salgueiro…receio que seja como o Benfica sem Eusébio: nunca mais foi o mesmo.  

publicado por José Manuel Constantino às 10:28

28
Nov 07

Parece que finalmente PS e PSD se vão entender quanto á alteração à lei das autarquias e acabar com o regabofe de quem ganha as Câmaras Municipais ou as Juntas de Freguesia poder ser obrigado a governar em minoria. Parece que ainda não é desta que se aceitam os executivos homogéneos (quem ganha governa) mas o facto de quem ganha ter sempre metade mais um já é um avanço. Por outro lado as assembleias municipais, e bem, vêem os seu poderes de fiscalização e controle político aumentados incluindo a capacidade de derrubar os excutivos . É de esperar que todos quantos fazem da procura das maiorias absolutas nos executivos ,um objectivo político ,venham perorar sobre os riscos para a democracia de se acabar com as minorias que coligadas bloqueavam as maiorias.Se há alguma coisa a lamentar é o de ter demorado tanto tempo a alterar o absurdo.Mas mais vale tarde ,que nunca!

publicado por José Manuel Constantino às 10:05

27
Nov 07

Os movimentos sociais são como as tempestades :  nunca acabam no sitio em que começam. O que se está neste momento a passar , uma vez mais, em França, com grupos de jovens, requer muita atenção nos vários países europeus. É que as razões sociais (desemprego, desagregação da instância familiar, descolarização, falência dos programas sociais de integração,promoção das culturas de violência) e que ajudam a explicar estas rupturas e desvios de uma certa normalidade social não são uma característica  da sociedade francesa. Andam por aí, como dizia o outro.

publicado por José Manuel Constantino às 15:35

26
Nov 07

Minha cunhada tirou a tarde de Domingo para fazer a árvore de Natal e o respectivo presépio com os meus sobrinhos. No meio da algazarra típica, a minha cunhada deixou cair a Nossa Senhora que, assim que chegou ao chão, desfez-se em mil bocados. Antes de dizer que iria comprar uma nova, para que o presépio ficasse completo, a minha sobrinha, que tem 9 anos, virou-se e disse:

 - Mãe, não te preocupes. Fazemos de conta que Nossa Senhora se divorciou de São José e que foi o São José que ganhou a custódia do Menino Jesus!

E assim, na casa do meu irmão, existe um presépio moderno, que reflecte muitas famílias do quotidiano.

Quem sabe se para o ano a minha sobrinha não decide que São José se apaixonou pelo Rei Mago Baltazar?! Nunca se sabe!

E ainda dizem que as crianças não estão atentas ao que as rodeia!

publicado por carla cristina rocha às 17:19

O que surpreende não é o que o Inspector-geral da Administração Interna disse sobre as polícias. Surpresa  é tê-lo dito nos termos em que o fez: publicamente e através de uma entrevista. O que se passa com as polícias não é novo. Outros o disseram, desta ou de outra forma e não é responsabilidade que possa ser exclusivamente do actual governo. O inefável Rui Pereira lá veio acudir dissertando que o dito inspector falou sobre a excepção e não sobre a regra .Viu-se. Basta ler a entrevista. Mas há uma outra questão. Uma entrevista a partir da iniciativa própria é algo de intolerável para a lógica comunicacional do actual governo. O que revela uma de duas coisas : lição mal estudada ou mal ensinada.É  que os efeitos da dita entrevista aí estão com o "toque a reunir das tropas" incomodadas com a "excepção"revelada.

publicado por José Manuel Constantino às 13:24

24
Nov 07

Durão Barroso para Prémio Nobel da Paz ! E não é uma brincadeira do Ramos Horta. É um contributo decisivo para o funeral progressivo do que chegou a ser uma referência internacional em termos de promoção de figuras públicas que dedicaram a vida às causas da paz .A degradação da vida politica internacional curvada aos ditames da diplomacia minou o estatuto dos nóbeis. Proposto e proponente estão à altura um do outro.

publicado por José Manuel Constantino às 18:12

23
Nov 07

Simpatizo com Pinto Monteiro e em boa verdade nem sei explicar porquê. Mas talvez admire nele, eu que só o conheço pelas intervenções que faz na comunicação social, o facto de ser, aparentemente , uma pessoa normal, ter gostos de uma pessoa normal e não criar a seu respeito uma espécie de patine para mostrar publicamente uma pessoa diferente do que realmente é. Por outro lado, e posso estar completamente equivocado uma vez mais, deve pertencer a uma geração que tem da justiça uma ideia romântica e que exerce as funções de Procurador com sentido de missão. Dito isto acho que o senhor fala de mais. Um Procurador-Geral da República não pode semana sim, semana não, dar entrevistas e saltar para as noticias sempre que a agenda mediática acha que ele tem de comentar isto ou aquilo. E depois ficar a queixar-se que o que dizem que ele disse são interpretações jornalísticas. Só que ele se põe a jeito. Há espectáculo a mais nos mediadores e operadores de justiça, uns porque têm um ego do tamanho do mundo e outros porque nunca deixaram de instrumentalizar politicamente os cargos que exercem. O Procurador-Geral não pode, até pelo exemplo que deve constituir, ir atrás desta moda. Discrição e tento na língua nunca fizeram mal a ninguém.

publicado por José Manuel Constantino às 10:00

22
Nov 07

O senhor que mandava rezar missas e que durante alguns anos esteve á frente da Direcção Geral dos Impostos viu agora parte da sua acção denunciada pela Provedoria de Justiça como atentatória, em elevado número de casos, dos direitos dos contribuintes para além de ser acusado de ter cometido outro tipo de irregularidades. As autoridades políticas e judiciais tem por isso um problema entre mãos.  Ou que o anterior Director Geral dos Impostos mandou fazer ou do qual foi responsável cumpriu a legalidade de procedimentos a que estava obrigado e é o relatório da Provedoria de Justiça que está errado; ou este está certo e os lesados devem ser ressarcidos e o os responsáveis por tais atentados julgados. Todos devem ser responsabilizados pelo cumprimento das obrigações fiscais, das autoridades públicas aos contribuintes. Não somos obrigados a viver debaixo do “estalinismo fiscal” que não respeita os direitos dos contribuintes e os respectivos instrumentos de defesa. Se nada disto se passa é quem inspecciona que revela excesso de zelo probatório e cumpre mal as suas funções ,então não deve continuar a fazer o que não faz bem. Mas a partir de ontem alguma coisa se tem de passar.

publicado por José Manuel Constantino às 11:03

21
Nov 07

Manda a diplomacia , requerem os interesses económicos e justificam-no a vida dos portugueses que trabalham na Venezuela que Portugal mantenha relações de boa cooperação e convivência com as autoridades políticas venezuelanas. Mas nada justifica a genuflexão saloia e pateta com que Hugo Chávez foi brindado.

publicado por José Manuel Constantino às 10:11

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Autor: JOSÉ MANUEL CONSTANTINO
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