Quando a gente pensa que sabe todas as respostas,vem a vida e muda as perguntas

31
Dez 07

A restauração dos grandes grupos financeiros à volta da banca, após o período das nacionalizações, foi feita, em parte, com uma clara concubinagem do Estado carente de quem conseguisse alavancar a economia do país. E gozou sempre de um clara atitude de subserviência da generalidade da comunicação social, que, com a privatização, foi cair nos braços de grupos económicos, eles próprios com interesses na banca. Após o sismo que abalou o BES bastou que tivessem chegado à mão de um accionista do BCP elementos comprometedores para agitar as águas. Presumo que sobre essa matéria a procissão ainda não saiu do adro. Aguardemos. Para já a possibilidade de o maior banco privado poder ser dirigido por quem dirigia o banco público não responsabiliza apenas o Estado. Revela o sentido de oportunidade dos accionistas: o de aceitarem uma solução que agrada ao poder político. E dá-nos a verdadeira estratégia dos nossos capitalistas: não fazer ondas a quem governa e se possível fazer-lhe as vontades.

publicado por José Manuel Constantino às 19:08

30
Dez 07

O facto de se pertencer a um partido político não deve ser factor de discriminação, positiva ou negativa, para o exercício de quaisquer funções de natureza pública. É-me indiferente se o presidente da CGD pertence ou não a um partido político e pertencendo qual ele é. Basta que quem é nomeado para o cargo seja competente. O modo como PSD saudou a nomeação de Faria de Oliveira é indecoroso. Como o já tinha sido anteriormente à nomeação.O governo e o PS não geriram bem toda esta situação. Mas o principal partido da oposição não lhe fica atrás. Sobram os restos.O que é pouco para salvar o regime.

publicado por José Manuel Constantino às 12:54

29
Dez 07

Na semana em que mandou embora vários jogadores contratados no inicio da época, quem os contratou vem dizer (jornal A Bola) que para o Benfica só se contrata quem possa discutir de imediato um lugar na equipa principal. Viu-se! E está a ver-se que o problema do clube não é de treinador, nem de jogadores: é de contratador.

publicado por José Manuel Constantino às 12:44

28
Dez 07

Durante muitos anos acompanhou-me a imagem de que cozinheiro era  homem, embora a cozinha fosse tradicionalmente lugar de mulheres ,trajando de branco com um barrete da mesma cor na cabeça, anafado e vermelhão de faces e que tinha como instrumentos de trabalho grandes panelões e facas  longas e cortantes. Não estava preparado para este espécie de posmodernismo na cozinha em que o cozinheiro passou a “chefe”,usa óculos de linha italiana, tem uma licenciatura esquisita para o que faz, que é comida, veste de acordo com recomendação de estilista e prepara ementas esquisitas, dizem que de “fusão” em que a comida no prato mais parece obedecer a uma lógica plástica e de decoração. A sopa é servida em copos e depois há uma pêra rocha do Oeste em vinho tinto com frutos secos e queijo de cabra. Quando tudo isto se junta a um prato que se chama Atum à Rui Costa e o lugar do repasto tem lugar na Taberna 2780,com site e tudo ,sinto que estou completamente desactualizado e que a boa refeição se não esgota no cozido á portuguesa, na dobrada com feijão branco ou nos pezinhos de coentrada. O regresso à Taberna justifica-se e os amigos da boa mesa devem sabê-lo.

publicado por José Manuel Constantino às 16:51

27
Dez 07

Quando um treinador de um clube passa para um outro seu concorrente leva consigo um conjunto de conhecimentos que lhe são úteis sempre que tem de competir com o anterior clube. Assim se passará nas empresas e em todos os ramos de actividade em que exista concorrência e competição. Quando uma parte da equipa de uma instituição bancária pública a deixa e vai servir uma privada sua concorrente suponho que se passará o mesmo. Em principio tem mais a ganhar o BCP que a CGD até porque, segundo rezam as crónicas, a equipa do banco público era boa. O problema é que parece que os impedimentos éticos só se aplicam aos titulares de cargos públicos e não aos gestores da banca. Devem ter alguma imunidade especial que os isenta dos riscos que estão na origem da limitações impostas a outros agentes. Nas instituições financeiras, mesmo nas que pertencem ao Estado, tudo é possível e até aconselhado sobre o olhar atento e venerando dos guardiões do regime instalados no Banco de Portugal.De resto, interrogo-me se para a gestão destas instituições os únicos gestores profissionais qualificados ou pertencem ao PS ou ao PSD ?Não há em Portugal gente capaz fora da órbita dos partidos políticos?

publicado por José Manuel Constantino às 12:29

26
Dez 07

«Os idiotas, de modo geral, não fazem um mal por aí além, mas, se detêm poder e chegam a ser felizes em demasia podem tornar-se perigosos. É que um idiota, ainda por cima feliz, ainda por cima com poder, é, quase sempre, um perigo. Oremos. Oremos para que o idiota só muito raramente se sinta feliz. Também, coitado, há-de ter, volta e meia, que sentir-se qualquer coisa.»

 

publicado por José Manuel Constantino às 11:08

24
Dez 07

A novela do BCP está para durar. E a vergonha parece não se ter ido embora. A confirmar-se o que hoje se anuncia é Portugal no seu melhor….!

publicado por José Manuel Constantino às 13:03

22
Dez 07

O Zé Luís fez bem em ir a correr à sede do PS avisar o Eduardo do que se estava a passar. É isso que se espera de um amigo mais ainda quando se tem acesso a fontes privilegiadas de informação sobre matérias que estão sujeitas ao segredo de justiça. Foi de resto pelas mesmíssimas razões de amizade que Lourenço Pinto avisou o Jorge Nuno.

publicado por José Manuel Constantino às 20:45

21
Dez 07

A Fundação de Serralves renovou com a Câmara Municipal do Porto o protocolo que garante nos próximos três anos o fundo de aquisição de obras de arte contemporânea do Museu Serralves , cujo espólio, contrariamente ao de Joe Berardo, tem sido construído a partir de uma perspectiva eminentemente museológica .

O Governo adquiriu cerca de oito mil discos daquela que era considerada a melhor colecção de discos sobre o fado.

O Natal deveria ser todos os dias!

 

publicado por José Manuel Constantino às 17:18

20
Dez 07

O governo sentiu a necessidade de vir explicar as acções da ASAE . Provavelmente na sequência do impacto do artigo de opinião do António Barreto e da abaixo-assinado que corre pela net.  E explica que as  limitações às açordas ,à colher de pau, ás bolas de Berlim na praia ,aos brindes no bolo rei, aos copos de plástico para a cerveja e aos rissóis confeccionados não são como se tem dito .São boas notícias que pretendem acabar com aquilo que as autoridades consideram de  “mitos”.Aguarda-se que com o balanço se instrua a ASAE a fazer o seu trabalho menos virada para o espectáculo das televisões e dos jornais e mais para o estrito cumprimento das suas obrigações na defesa dos consumidores. Regular o cumprimento das obrigações públicas pelas lógicas mediáticas aquecem o ego dos responsáveis mas raramente são acompanhadas pelo bom-senso e pelo equilíbrio. E é isso que espera de um organismo público.

publicado por José Manuel Constantino às 10:38

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Autor: JOSÉ MANUEL CONSTANTINO
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