Quando a gente pensa que sabe todas as respostas,vem a vida e muda as perguntas

29
Fev 08

Num país em que tanta coisa funciona mal e em que os direitos dos consumidores são tão pouco respeitados uma instituição que tenha por missão defender os consumidores ganha o direito a ser colocada no galarim das instituições veneradas e inatacáveis. É que se passa com a DECO. Transformada numa estrutura de negócio padece de alguns dos males -custo ,falta de rigor,burocracia, dificuldade de acesso, lucro –que acusa aos outros. Os seus métodos e pesquisa raramente são questionados. Dizer mal está no nosso código genético ,a percepção que  todos temos é que o país e os seus serviços não funcionam bem e portanto se a DECO diz que a uma coisa não está bem é porque é verdade. Recentemente agitou a comunicação social com a aplicação do IVA nos ginásios. Mas durante dois anos esteve silenciosa quando os consumidores engordaram os cofres do Estado com a taxa máxima do IVA no acesso às instalações desportivas quanto já se aplicava a taxa mínima. Agora meteu-se com os serviços dos CTT e por via disso com uma das estrelas dos gestores públicos do “ casual socialismo”.O homem que não é pessoa para se ficar aceitou um debate público na SIC Notícias. E denunciou o que considerou ser uma avaliação carregada de má-fé, tendenciosa e velhaca. A DECO delegou num subalterno o que por si só testemunha o respeito institucional que se pratica na casa. E no debate o que se constatou é que os argumentos da DECO eram rísiveis e demagógicos. Não sei se os CTT funcionam bem ou mal. Já tive boas e más experiências. Mas a análise que a DECO realizou aos serviços dos CTT é um trabalho de palermas que vivem do negócio das inspecções e que aproveitam o ambiente geral do país para “dizer mal”.

publicado por José Manuel Constantino às 10:09

28
Fev 08

Procuro, mas não encontro, uma ideia ou um projecto da actual liderança do principal partido da oposição cuja credibilidade mereça que se lhe dê alguma atenção. E pelo contrário, sempre que o seu líder fala , como agora aconteceu a propósito da televisão pública ou da avaliação dos professores, a sensação com que se fica é que fala do que não conhece , nem estudou e se limita a cavalgar(no caso da avaliação dos professores) a onda de contestação às medidas  do governo. A apresentação às pinguinhas dos porta-vozes sectoriais denotam um raro sentido de falta de oportunidade ou de simples falta de qualidade. O país que se queixa da governação que tem, bem pode dirigir igual queixa á oposição que lhe faz frente e que quer ser alternativa.

publicado por José Manuel Constantino às 11:34

27
Fev 08

Em 2007 o investimento estrangeiro em Portugal teve uma queda de 37.2%.No mesmo período o investimento directo de Portugal no estrangeiro cresceu 85.4%.Ou seja o investimento foge de Portugal. Os estrangeiros investem cada vez menos. E os próprios portugueses escolhem outros mercados que não o nacional. São possíveis várias leituras. Incluindo esta: a economia portuguesa não vale a pena.

publicado por José Manuel Constantino às 11:50

26
Fev 08

Não sei se José Sócrates conhecia Maria de Lurdes Rodrigues antes de a convidar para Ministra da Educação. Ou, como por vezes sucede, foi um nome sugerido por um qualquer outro. Não sei quem escolheu os secretários de estado. Se a ministra ou se foram empurrados pelo aparelho partidário. Agora pouco importa. Certo é que a situação nas escolas está a um nível de degradação evidente. E que a continuação desta equipa só tende a piorar a situação. Coisa que muitos socialistas já reconheceram. Menos em Belém onde há sinais que ilustram o apreço pela firmeza da senhora e o desdém pela “cultura” dos sindicatos. Coisa que não se fez em relação a Correia de Campos. E como José Sócrates já demonstrou que tem mais respeitinho a Belém que ao partido que o apoia o tempo de Maria de Lurdes Rodrigues está na mão de Cavaco Silva.É  assim a vida de um governo de esquerda e progressista com ontem recordava,para quem tivesse dúvidas sobre a orientação ideológica do governo, o ministro Vieira da Silva.Pobre esquerda!

publicado por José Manuel Constantino às 11:01

25
Fev 08

O  jornal Público divulga  o caos que está instalado nos serviços que resultaram da extinta Direcção Geral de Viação.  Era um excelente contributo à avaliação do PRACE saber o que se passa nos organismos que sofreram idênticas políticas de extinção/reestruturação. Até para se poder perceber se aquilo que supostamente se poupa em despesas com pessoal se ganha em eficiência do serviço público.

publicado por José Manuel Constantino às 15:13

24
Fev 08

No dia a seguir a José Sócrates ter falado sobre as 15 marcas de um Portugal moderno eis que chega mais um relatório internacional que apresenta o país, na União Europeia, como um dos que tem o nível mais elevado de pobreza infantil. Existem de facto dois países. O do governo e o outro. Um abstracto e um outro concreto.Pena que o do governo não coincida com o concreto!

publicado por José Manuel Constantino às 13:35

23
Fev 08

Os empresários do Norte almoçam em casa ou na cantina da fábrica enquanto os de Lisboa vão todos ao mesmo restaurante. O que explica, no entender de Pires de Lima, que para os últimos se torna mais fácil de abrir portas nos corredores do poder.Almoçar com quem?Não disse mas subentende-se. Não basta ser empresário é preciso fazer de "porteiro".É necessário  investir nas “competências relacionais”.Compreendo!

publicado por José Manuel Constantino às 19:57

22
Fev 08

“É por isso preocupante ver o afunilamento da qualidade dos partidos, seja pela dificuldade em atrair e reter os cidadãos mais qualificados, seja por critérios de selecção, cada vez mais favoráveis à gestão de interesses do que à promoção da qualidade cívica. E é também preocupante assistir à tentacular expansão da influência partidária – quer na ocupação do Estado, quer na articulação com interesses da economia privada – muito para além do que deve ser o seu espaço natural. Estas tendências são factores de empobrecimento do regime político e da qualidade da vida cívica. O que, em última instância, não deixará de se reflectir na qualidade de vida dos portugueses”. in relatório da posição da SEDES sobre a situação política nacional.

 

publicado por José Manuel Constantino às 11:40

21
Fev 08

O motivo que esteve na origem da multa do Tribunal Constitucional ao PSD, por financiamento de modo ilegal por parte de uma empresa, não é caso único. Naquele partido e nos restantes. Esse facto em nada deslegitima a decisão tomada. Mas tomada a decisão e perante a natureza dos motivos que lhe estiveram na origem é sintomático e causa repulsa o modo como os actuais dirigentes do referido partido e os seus principais dirigentes à altura se desligaram de qualquer responsabilidade, deixando-a à conta de quem ,por razões de saúde, nem possibilidades tem de se defender. Que exemplo ético e moral de probidade e  solidariedade política e humana. Grandes homens!

publicado por José Manuel Constantino às 09:34

20
Fev 08

A Câmara Municipal de Lisboa a cada dia que passa aumenta a dívida que tem para com aqueles a quem deve, agrava a situação dos credores e vê-se limitada no exercício das suas obrigações. Pode ser interessante politicamente discorrer sobre o facto de António Costa estar a sofrer as consequências da legislação que ele próprio ajudou a criar e defendeu com ,recorde-se,evidente sobranceria. Pode ser politicamente relevante questionar que legitimidade tem o Tribunal de Contas para proceder a um exercício jurisdicional não sobre a legalidade do empréstimo mas sobre a bondade do plano de saneamento financeiro que é competência própria dos órgãos do município. Pode ser oportuno questionar a CML sobre a oportunidade de , perante uma situação tão grave ,anunciar a vontade de rescindir  contratos já celebrados correndo o risco de em sede de decisão judicial ter de vir a ressarcir entidades contraentes em verbas incalculáveis. Pode ser oportuno chamar a atenção que uma solução política governamental a partir  do reconhecimento da dívida como estrutural fará recair sobre todos os que pagam impostosdo Minho ao Algarve ,o ónus da regularização da situação. Mas perante tudo isto importa ,tão só,perguntar : qual é a solução? E como responsabilizar os que criaram esta situação?

publicado por José Manuel Constantino às 11:39

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Autor: JOSÉ MANUEL CONSTANTINO
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