Num país em que tanta coisa funciona mal e em que os direitos dos consumidores são tão pouco respeitados uma instituição que tenha por missão defender os consumidores ganha o direito a ser colocada no galarim das instituições veneradas e inatacáveis. É que se passa com a DECO. Transformada numa estrutura de negócio padece de alguns dos males -custo ,falta de rigor,burocracia, dificuldade de acesso, lucro –que acusa aos outros. Os seus métodos e pesquisa raramente são questionados. Dizer mal está no nosso código genético ,a percepção que todos temos é que o país e os seus serviços não funcionam bem e portanto se a DECO diz que a uma coisa não está bem é porque é verdade. Recentemente agitou a comunicação social com a aplicação do IVA nos ginásios. Mas durante dois anos esteve silenciosa quando os consumidores engordaram os cofres do Estado com a taxa máxima do IVA no acesso às instalações desportivas quanto já se aplicava a taxa mínima. Agora meteu-se com os serviços dos CTT e por via disso com uma das estrelas dos gestores públicos do “ casual socialismo”.O homem que não é pessoa para se ficar aceitou um debate público na SIC Notícias. E denunciou o que considerou ser uma avaliação carregada de má-fé, tendenciosa e velhaca. A DECO delegou num subalterno o que por si só testemunha o respeito institucional que se pratica na casa. E no debate o que se constatou é que os argumentos da DECO eram rísiveis e demagógicos. Não sei se os CTT funcionam bem ou mal. Já tive boas e más experiências. Mas a análise que a DECO realizou aos serviços dos CTT é um trabalho de palermas que vivem do negócio das inspecções e que aproveitam o ambiente geral do país para “dizer mal”.