Portugal tem os seus atrasos mas com o tempo a coisa vai. Quando as jovens inglesas depois de uma noite de prazeres e outras volúpias quiseram dar a conhecer ao mundo o que se passou na mansão do Cristiano Ronaldo não colocaram o registo que captaram através do telemóvel no You Tube. Falaram par o Sun e fizeram o preço. No Carolina Micaelis tudo se passou com um maior amadorismo. Depois da festa na sala de aula nada como partilhar o momento com toda a malta. No futuro o exemplo inglês pode ser adoptado. Mas mesmo sem esse exemplo o país foi tão sacudido que até o Procurador-geral da República pede um reforço da autoridade dos professores e alerta para a criação de gangs a partir das próprias escolas. Gostava de saber que medidas sugere para reforçar a autoridade dos professores, sendo certo que não deve estar a pensar no regresso à vara , à régua, ao carolo ,ao puxão de orelhas ou à frequência de aulas de defesa pessoal. Vou aguardar para saber quanto tempo vai demorar a requerer-se segurança privada no interior dos estabelecimentos de ensino. E os detectores de metais à entrada das escolas não serão uma invenção nacional. Os especialistas dividem-se: para uns tudo se resolve com meia dúzia de tabefes; para outros a culpa é dos pais; para outros da ministra; para outros do regulamento do aluno; para outros da organização da escola; para outros a culpa é do Veiga Simão, do Roberto Carneiro e do Marçal Grilo.O governo acha que o problema vem de fora, que está na sociedade,o que é uma apreciação original e brilhante como são quase todas as dessa grande referência socialista que dá pelo nome de Valter Lemos.Nunca ninguém tinha pensado nisso nem o Miguel Sousa Tavares que fala dos professores e do ensino de papo cheio e como resultado da longa experiência de muitos anos de estudo e acompanhamento dos problemas escolares.Com tantos especialistas e conhecedores da matéria, resta uma questão: por que razão com tantas soluções e especialistas, Portugal, bem como uma boa parte dos países ocidentais, são confrontados com o exercício crescente da violência sobre os professores, por parte de alunos e de pais?