Anda para aí uma discussão sobre a necessidade de avaliar os investimentos públicos perante o quadro de crise existente. Começou com algum opinadores nacionais, passou para os partidos. O Presidente da Comissão Europeia não quis ficar de fora e hoje é o Presidente do Tribunal de Contas que também diz de sua justiça. Curiosamente cada um deles tem a sua razão, mesmo quando aparentemente têm opiniões opostas. Por mim já me dava por satisfeito que os impostos que pago não servissem para alimentar a despesa improdutiva do Estado. Do poder local ao central, passando pela assembleia da republica e pelo tribunal de contas - pesem embora as prédicas constantes de eliminação de despesa dispensável - o que se verifica é ainda o contrário. Das deslocações ao estrangeiro, cuja necessidade de moralização deve tocar a todos, às ajudas de custo para serviços no exterior cuja duração bem podia ser reduzida sem perda da eficácia até às consultadorias, estudos e avenças especializados há muito por onde poupar. E nesta matéria mais do que custos envolvidos estão regras e condutas das entidades e agentes públicos que deviam ser exemplares em matéria de contenção de gastos.