Tiro o chapéu às “forças ocultas” que programaram a agenda socrática para responder às investidas à volta do caso freeport já com o SIS e a PGR metidos ao barulho. Desde a imprensa cor-de-rosa onde o intimismo e a fotografia dos namorados eleva o sentimentalismo lusitano, até aos anúncios governamentais(educação)ou partidários(alívio da carga fiscal nas classes médias) tudo é feito com profissionalismo e conhecimento da coisa. É para isso que servem os assessores de comunicação e um bom serviço de informações. Desviar o sentido da agulha. Em linguagem futeboleira defesa alta e retirar a iniciativa ao adversário.
Se existissem dúvidas sobre o estado actual da qualidade politica da nossa democracia o debate entre essa figura cimeira do governo , Augusto Santos Silva e Manuel Alegre esclareceria os mais incrédulos. Santos Silva mantém aquela linha de coerência trauliteira e de baixo nível que o caracteriza a partir do momento em deixou Alegre e passou a “ideológo” do grande líder.Fossem outros os tempos e ainda teria de provar o seu gosto de malhar. O poeta das liberdades explica que a ausência das ditas no PS tem a ver com o receio das pessoas abrirem a boca e com isso poderem não ser escolhidas para este ou aquele cargo. Do Silva não surpreende.É o exemplo típico do intelectual orgânico transformado em figurinha de propaganda. Mas de Alegre era de esperar que o “clientelismo” não fosse elevado a categoria política .
"Existe uma espécie de sindroma princesa Diana na relação de Sócrates com os jornalistas. :sem eles não teria construído a imagem deste Governo mas, quando as noticias deixaram de ser tão simpáticas quanto costumavam, Sócrates volta-se para os jornalistas e acusa-os de cabalas e campanhas. Sócrates tornou-se de tal forma dependente da comunicação social que na conferência de imprensa que deu em S.Bento se dirigiu aos jornalistas e não aos portugueses".
Helena Matos , Jornal Público
Obama, ainda mal começou e já leva três baixas na equipa. Todas relacionadas com questões fiscais dos visados. E embora dois deles tenham liquidado, em tempo, o que estavam obrigados mais os respectivos juros de mora e uma terceira tenha a ver com uma contribuição devida a uma empregada doméstica, os factos foram considerados suficientemente graves para os afastarem dos postos governamentais para os quais estavam indigitados. Penso em Portugal e no que aconteceria se critérios tão apertados fizessem doutrina.
O Conselho Consultivo da Procuradoria
A ser confirmada, esta notícia, revela a incúria e a irresponsabilidade da administração fiscal. E fomenta a reacção do cidadão contribuinte quanto a uma autoridade fiscal que é forte com os fracos e fraca com os fortes.