A facilidade e vulgaridade com que todos os dias se produzem estatísticas que se alteram a elas próprias só rivalizam com os prognósticos dos jogos de futebol .
A facilidade e vulgaridade com que todos os dias se produzem estatísticas que se alteram a elas próprias só rivalizam com os prognósticos dos jogos de futebol .
A proposta de referendo de Paulo Portas está para o país como o guarda-redes Roberto para o Benfica: não basta defender a coisa. É preciso inspirar confiança. Dar garantias de exequibilidade. Perceber-se onde está a competência .Saber com o que se conta.
Há qualquer coisa nesta matéria que não cheira bem. E não é tanto saber pormenores da morte de Rosalina e do que é feito da fortuna que lhe foi deixada. Cabe a quem tem responsabilidades públicas apurar os factos e julgá-los. O que não cheira bem, desde logo no plano dos princípios deontológicos, é um ex-bastonário da ordem dos advogados usar o tribunal da opinião pública contra um seu colega ,que acusa de estar na posse do que lhe não pertence, antes de o fazer no sitio próprio e aguardar o veredicto.
Em dois anos, entre os negócios que abrem e que encerram, perderam-se cerca de 12 mil empresas. José Sócrates, ontem, em Aveiro, voltou a elogiar o novo espírito e cultura empresariais.A que se referia o senhor perante uma economia exangue,um mercado laboral com vinculos precários e um desemprego elevadíssimo?
Como já alguém escreveu Domingos Paciência já fez história no futebol mundial. Pela primeira colocou uma equipa brasileira na liga dos campeões! Assino por baixo.Como piada.Porque o sucesso é inegável.
O PCP vai apresentar o sue candidato presidencial. Depois virá a Carmelinda Pereira. Mais tarde o candidato do Dr .Garcia Pereira. Antes já estão os que se conhecem e o que se não conhece mas se adivinha. Tudo demasiado previsível. Tudo muito arrumadinho. Como convém. O regime agradece. Porque salvadores não faltam. Valha-nos isso.
Sócrates falou em Mangualde. O PSD responde em Lisboa. E escolhe uma senhora que não fala, berra, que não comunica, ralha. Nada nela tem a ver em esclarecer aqueles a quem se dirige. Mas apenas em destilar agressividade sobre Sócrates. Não é preciso ser bruxo para adivinhar que nesse terreno perde sempre.
Não aprecio quem, sobre uma tragédia, aproveita para fazer politica. Pode ter toda a razão do mundo. Mas em qualquer tragédia há um luto a fazer. E o combate político pode esperar. De resto, parte destas tragédias só acontecem porque não há suficiente debate político para que se construam as soluções preventivas adequadas.Todos os anos, governo e oposição têm soluções, enquanto a saga dos incêndios ocupa o espaço da comunicacional. Apagam-se os incêndios, acaba o debate e esquecem-se as soluções .Até para o ano.
Sobre os autarcas e em anúncio pago e publicado hoje no jornal Público escreve o Sindicato Nacional das Polícias Municipais: “Quais caciques, quais reizinhos, que tudo querem e tudo podem, não deixariam a sua veia disforme, a sua vocação para o caos e para desordem, quiçá em nome da diversidade regional, de fazer um Portugal dos Pequeninos. E a declaração continua num registo estranho e inqualificável para quem tem responsabilidades públicas. De resto, o anúncio, que supostamente é sobre a regionalização ,é todo ele um destempero de linguagem. Pobre país que tem entregue parte da sua segurança a agente deste quilate e com esta preparação.
Vasco Franco, secretário de estado da protecção civil, tem razão: é preciso que os proprietários limpem os matos em redor das respectivas habitações para que em caso de incêndio haja uma zona de protecção das moradias. Diria mais: o Estado deveria dar o exemplo naquilo que é sua propriedade. E o Vasco Franco lá em casa: também faz a limpeza ou paga à empregada doméstica?