Na Irlanda uma final europeia com, provavelmente, duas equipas Portuguesas. Tudo perfeito se o arbitro for Grego. E o futebol pode, uma vez mais, desafiar as leis da economia.
Na Irlanda uma final europeia com, provavelmente, duas equipas Portuguesas. Tudo perfeito se o arbitro for Grego. E o futebol pode, uma vez mais, desafiar as leis da economia.
José Sócrates garantiu aos portugueses que se recusava a governar com o FMI. Ontem na apresentação do programam eleitoral confirmou-o. O que se propõe fazer, o que promete dar e garantir aos portugueses está bem longe e em oposição ao que os portugueses teriam de sofrer caso a referida entidade fosse aceite para ajudar Portugal.Com aquele programa se fosse à troika fazia as malas e apanhava o avião para regresso a casa.
Mais importante do que apelos a que os partidos encontrem plataformas de convergência e de compromisso para salvar Portugal é discutir as políticas. É para isso que servem os partidos. Para propor caminhos alternativos. E é nessa propositura que se avaliarão, se sim ou não, existem soluções de convergência. Não antes.
As eleições servem para eleger quem deve governar. Servem para dividir não para unir. Servem para separar não para juntar. Se face aos resultados quem concorre separadamente entende dever juntar-se a outro ou a outros deve-o claramente dizer antes de pedir o voto aos portugueses. Não é depois sem que para o efeito esteja mandatado. E para que os apelos ao compromisso e aos entendimentos não sejam conversa mole em tempo de eleições.
O estratega da liberdade em versão actual diz isto. Aguardam- se desmentidos ao rigor da tradução.
Quinta-feira à tarde os funcionários públicos não trabalham. De manhã fazem que trabalham antecipando o não-trabalho. Sexta é feriado. Sábado é descanso. Domingo é descanso. Segunda é feriado.Cinco dias a receberem sem trabalhar. O que pensarão desta bagunçada os senhores, que andam por aí, e a quem pedimos dinheiro emprestado?
Paulo Futre disse o que disse com a mesma convicção com que agora explica que o que disse obedeceu a uma estratégia de comunicação. Não vem grande mal ao mundo. Contou de resto com a benevolência, o amiguismo e a cumplicidade de gente que se diz jornalista. Aqui o mal é bem maior. Se em vez de um futebolista fosse um político a tolerância e a compreensão seriam bem mais duras. É o que temos.
Bem sei que uma das vantagens de uma democracia é a liberdade de se poder dizer o que se pensa. Embora, por vezes, se tenha que ouvir o que aparentemente se diz, sem se pensar. Como isto.
Ou ando distraído ou nos últimos tempos não ouvi a qualquer dos candidatos à governação uma proposta que fosse para o futuro do país. Discute-se de quem é responsabilidade da situação, quem fala verdade e quem mente e quem são os candidatos a deputados. E uns tontos em desemprego político zurzem em Cavaco Silva. Como sair do buraco onde caímos, nada.
Durão Barroso com o ar sério e de estadista que coloca nas funções europeias, exortou os dirigentes políticos portugueses a manifestarem sentido de responsabilidade perante o momento que o pais atravessa. A palavra responsabilidade não lhe ardeu na boca. Mas falta de sentido de responsabilidade foi aquilo que evidenciou quando, voltando costas ao país e aos compromissos que assumiu perante os portugueses, foi tratar da vidinha dele. Melhor fora que, antes de dar conselhos aos outros, olhasse para si próprio.