Quando a gente pensa que sabe todas as respostas,vem a vida e muda as perguntas

26
Jun 12

Uma decisão que pode ajudar a melhorar a vida dos europeus!!!!

publicado por José Manuel Constantino às 17:18

22
Jun 12

Vitor Gaspar, ministro das finanças, afirma que o défice orçamental está em risco de derrapagem. Motivo: as receitas fiscais são inferiores ao previsto. Coisa que era ,de resto, pouco provável…. antes tinha afirmado que Portugal não precisava  nem de mais dinheiro, nem de mais tempo….em relação ao dinheiro parece que se enganou...em relação ao tempo …estamos esclarecidos desde que escutámos a conversinha de pé de orelha com o seu colega alemão ….

publicado por José Manuel Constantino às 11:20

21
Jun 12

Podem aprender a manusear armas e a usar as diferentes técnicas de defesa pessoal. Como contribuinte já fico satisfeito se aprenderem a respeitar e garantir os direitos dos cidadãos. E a não usar de forma discricionária e arbitrária o poder que têm. E que os tribunais administrativos e fiscais reiteradamente reconhecem e condenam.E como nem todos os contribuintes têm conhecimentos e recursos para se defenderem nos tribunais da arbitrariedade desta corporação melhor será que antes de os ensinar a defender os ensinem a não atacar.

publicado por José Manuel Constantino às 09:51

14
Jun 12

 

 

 

É uma mulher bonita ,elegante e muito charmosa. E que tem um nome a condizer com a figura: Valérie! Numa questão partidária diverge do marido. O que já não é bom. Porque é suposto as mulheres seguirem a vontade dos maridos. Depois, crime dos crimes, o marido anuncia a sua vontade e ela faz o mesmo. Porque o marido apoia a ex-mulher . Ora se a atual não segue a vontade do marido só pode ser por despeito e por ciúmes. Resta a questão política. O marido apoia uma paraquedista que está naquela circunscrição como podia estar noutra qualquer. E Valérie apoia o candidato local. Podia fazê-lo mas devia estar calada! É para isso que servem as primeiras-damas. Gosto desta Valérie!!!

publicado por José Manuel Constantino às 16:09

Gosto de futebol, mas não gosto do modo como o pensamento dominante quer que se goste do futebol. Espero sempre que os jogadores joguem bom futebol e, se possível, que Portugal vença. Dispenso comentários, frases, ditos, reportagens especiais e outras pérolas com que amiúde nos brindam. Dos jogadores e de um sem número de especialistas que, nestes momentos, sempre surgem.

Gosto de futebol mas dispenso reportagens que, à escassez de matéria desportiva, envolve o que os jogadores comem, vestem, onde e como se equipam, onde dormem e outras banalidades.

Gosto de futebol mas dispenso reportagens sobre os penteados esquisitos, as roupas extravagantes, as tatuagens aberrantes e os brincos.

Gosto de futebol mas mudo logo de canal perante entrevistas infantis que, em ambiente pretensamente intimista, fazem perguntas patetas do tipo “o que o faz chorar”.

Gosto de futebol mas não ignoro o mecanismo de apropriação que marcas e patrocinadores pretendem fazer da banalização das emoções coletivas a propósito das participações nacionais.

Gosto de futebol mas não tenho paciência para ouvir o que comentadores e especialistas conseguem, no chamado lançamento do jogos, debitar durante horas seguidas sobre o que pode acontecer num jogo ainda por realizar.

Gosto de futebol mas detesto a menoridade com que um ministro nos trata a todos dirigindo-se aos jogadores da seleção e dizendo “vocês são Portugal”.

Gosto de futebol. Mas não gosto de doses maciças de informação sobre o futebol. E de debates em que o jogo da bola é tratado com ar grave e circunspecto como se tratasse de um assunto do Estado. Desejo que a selecção portuguesa vença mas não consigo partilhar o clima patrioteiro que, invariavelmente, por estas alturas, invade a nossa comunicação social. E temo o pior: que de manhã, à tarde e à noite o futebol seja o tema dominante. Como se o que estivesse em jogo fosse o nosso futuro coletivo ou a nossa felicidade individual.

Gosto de futebol, mas não gosto que o futebol, agora, como no tempo do Estado Novo, dê férias à política.

 

Publicado na edição de hoje do Primeiro de Janeiro

 

publicado por José Manuel Constantino às 10:03

11
Jun 12

Em França, a diretora do Museu de Versalhes proibiu a exposição de um dos mais emblemáticos trabalhos de Joana de Vasconcelos: o lustre de tampões, intitulado A Noiva . A autora aceitou a recusa e explicou que não é primeira vez que a peça é recusada. Na cosmopolita França tudo normal. Duvido que em Portugal a mesma decisão não estivesse já no debate político como uma censura à liberdade artística.

publicado por José Manuel Constantino às 15:00

01
Jun 12

Mais de 50% dos adultos e uma em cada sete crianças na União Europeia são obesas ou têm excesso de peso. Os índices de obesidade nos 27 países membros da União Europeia mais do que duplicaram nas últimas duas décadas e não há evidências de que o aumento da prevalência de excesso de peso/obesidade esteja a abrandar ou a diminuir.

Se compararmos, na mesma realidade geográfica, este indicador da obesidade com o indicador de prática desportiva verificamos que para igual período o índice de prática desportiva aumentou. Pelo que se pode concluir que o aumento da prática desportiva, por si só, não foi suficiente para impedir o aumento da obesidade e que é preciso ir buscar a outros factores os motivos explicativos para tal ocorrência. Os resultados encontrados evidenciam que a agenda política europeia que coloca o aumento das práticas do desporto – como também pretendem os higienistas que se instalaram no universo desportivo – como combate à obesidade falha nos seus propósitos.

A obesidade é um fenómeno estranho à matriz fundadora do conceito e as práticas do desporto. Qualquer evidência empírica constata que há práticas desportivas de baixo gasto energético e onde não há qualquer incompatibilidade de tipo motor com o praticante obeso. Mas por outro porque o desporto não foi criado para responder/resolver qualquer anormalidade, desconformidade ou distúrbio atribuível a factores ligados ao baixo dispêndio energético e à obesidade.

Os epidemiologistas e os apóstolos dos estilos de vida saudáveis com a inevitável pastoral do desporto/actividade física - em que um qualquer vulgar cidadão que caminha no passeio equipado com vestuário desportivo corre o risco de ser classificado como “praticante desportivo”por qualquer uma das igrejas /sinagogas do exercício que pululam por essa Europa fora- têm certamente uma explicação científica. Mas não têm como sustentar que a obesidade é um problema que cabe ao desporto resolver. O desporto precisa de gente saudável para ser praticado com menos riscos. O desporto não serve para tornar saudável quem o não é. O problema é de outra natureza.

Conhecem-se os problemas individuais que concorrem para a obesidade. E sabemos que quem tem dinheiro bem pode procurar um dos milhares de clínicos especialistas que lhes podem dar a solução de corpo perfeito. Mas ultrapassadas estas questões formais fala-se pouco das relações entre a obesidade e a desigualdade social. Mas estudos realizados e abundantemente citados mostram que a obesidade tende a baixar nos países onde as diferenças de rendimento são menores. A esse propósito os trabalhos publicados por Richard Wilkinson e Kate Pickett (O espírito da igualdade -porque razão sociedades mais igualitárias funcionam quase sempre melhor, Editorial Presença,) evidenciam as determinantes sociais da obesidade e quanto o desenvolvimento económico e a distribuição da riqueza são decisivas no modelação do padrão de saúde das comunidades.

 A obesidade é um problema grave. E a sua superação só é possível num quadro de luta mais geral contra as desigualdades sociais.Deixem o desporto em paz. Não peçam, nem esperem do desporto aquilo que ele, sózinho, não tem condições de resolver.

 

Publicado na edição de hoje do Primeiro de Janeiro

publicado por José Manuel Constantino às 09:36

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Autor: JOSÉ MANUEL CONSTANTINO
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