Quando a gente pensa que sabe todas as respostas,vem a vida e muda as perguntas

31
Jul 12

Sinto-me triste mas a outra atleta foi maior que eu, afirmou Telma Monteiro. Não se justificou com as condições de treino,a pressão, os apoios ou a falta deles, a política desportiva, a alimentação ou o barulho na Aldeia Olímpica. Perdeu porque a adversaria se superiorizou. Simples, mas nem sempre fácil de reconhecer. Uma enorme diferença, que é justo reconhecer, relativamente a casos pretéritos

publicado por José Manuel Constantino às 16:56

27
Jul 12

O Estado vendeu um dos ícones do país dos eventos que se pagavam a si mesmos: o Pavilhão Atlântico. E, aparentemente, fez aquilo que tinha de ser feito: abriu um concurso público, apreciou as propostas concorrentes e decidiu em conformidade. Espera-se que igual procedimento, o de concurso público, se aplique às parcelas desportivas do Complexo Desportivo do Jamor que, para já, estão a ser negociadas no segredo dos gabinetes.

publicado por José Manuel Constantino às 10:13

24
Jul 12

Que se lixem as eleições, o que interessa é Portugal, terá dito, segundo a imprensa de hoje, Pedro Passos Coelho. A frase, que cai sempre bem, aparentemente, pode querer significar desapego ao poder e rejeição de políticas eleitoralistas. Mas revela contudo, a ser verdade, um enorme desaforo e desprezo para com a vontade que é expressa pelo povo quando vota. E assenta numa conceção política que crê numa razão iluminada detida por uns poucos, independentemente da vontade expressa pela maioria. Admito até que não era bem isso que o primeiro-ministro queria dizer, mas haja alguém que lhe explique, que desprezar as eleições ou dizer que não interessam é menorizar um ato basilar da democracia.Preocupe-se ,isso sim, quando elas ocorrerem, em vencê-las, com um programa em que faz o que diz, e não com um em que faz, o que não disse que ia fazer. 

publicado por José Manuel Constantino às 15:57

23
Jul 12

Sempre me causou estranheza, porque há qualquer coisa que me escapa, mas tudo o que envolve a proteção civil, as respetivas chefias e os bombeiros é sempre palco de polémica pública……já não bastam os incêndios e outras calamidades temos também de assistir ao atribuir de responsabilidades e de culpas entre uns e outros ……

publicado por José Manuel Constantino às 15:46

19
Jul 12

Combater a economia paralela estimulando o pedido de faturas em certo tipo de aquisições para desconto no IRS é um boa medida mesmo que cada contribuinte passa a ser uma espécie de fiscal de finanças. Limitar a 250 euros o limite de dedução é pouco mas compreende-se dada a situação que vivemos….agora ter de gastar cerca de 2.228 euros por mês para obter a dedução máxima é uma medida que favorece quem ganha muito e pode ter aquele nível de despesa, e não a generalidade dos contribuintes. Fazer do caso um anuncio governamental como se tratasse de um grande estímulo à vida dos contribuintes  é gozar um bocado com o pagode….

publicado por José Manuel Constantino às 16:46

13
Jul 12

Não é preciso ter experiência e conhecimento da docência e das regras universitárias para perceber que as equivalências que foram concedidas a Miguel Relvas são um embuste no plano científico e institucional, por muito meritório que se possa considerar o seu percurso profissional. Um percurso que, curiosamente, também permite a interrogação sobre que competências tinha para desempenhar muitos dos cargos, ainda que de modo fugaz, e que constam do seu currículo.

A atribuição da licenciatura em causa justificada com implicações e regulamentos inerentes ao Processo de Bolonha constitui uma ofensa à inteligência. Nada nesse processo justifica o que aconteceu. E o que aconteceu é da responsabilidade da universidade em causa que usou uma disposição legal de forma absolutamente leviana.

A impunidade deste tipo de decisões não é caso único. Abundam as entidades que numa lógica estritamente comercial anunciam pós – graduações em que se podem habilitar pessoas sem qualquer graduação ou equivalente. Toda esta lógica, por parte de instituições do ensino superior e universitário, de vender títulos de formação, constitui uma afronta e uma ofensa a todos os quadros formados em Universidades onde impera um clima de exigência, de trabalho e de rigor. E o modo como o caso presente já se inscreveu no anedotário nacional revela o entendimento com que a opinião pública o recebeu.

É certo que o caso tem relevo por se tratar de uma figura pública. E uma figura que tem sido objeto de permanente polémica. E porque a memória está fresca. Miguel Relvas pertence a um partido politico que fustigou a licenciatura de José Sócrates. Mas independentemente de um juízo individual sobre pessoas que se dispõem a obter graduações académicas em condições pouco normais e à revelia dos métodos tradicionais, o que fica deste episódio é que as instituições universitárias, ou alguns dos seus membros, podem tomar decisões que são um insulto ao mais elementar dos princípios: a credibilidade dos títulos que conferem.

Compreende-se o embaraço do atual ministro da educação em falar do caso de um seu colega de governo. E lá vai dizendo que é preciso mudar a lei. Percebe-se o que quer dizer com a necessidade de mudança. E o incómodo que a situação lhe causa. Apesar de tudo bem mais aceitável que as palavras do primeiro-ministro que considerou o caso um não assunto. Mas já se não compreende que não tenha, de imediato, mandado abrir um inquérito à Universidade Lusófona para que se esclareçam as condições em que foi atribuída a referida licenciatura.

Uma nota final: perante o que se conhece é estranho o silêncio das restantes instâncias universitárias, do Conselho dos Reitores, daquelas instituições que ainda prezam a qualificação académica por via da respetiva formação e não pela atribuição de créditos ao desbarato

 

Publicado na edição de hoje do Primeiro de Janeiro

publicado por José Manuel Constantino às 09:45

06
Jul 12

Não é preciso ser especialista em direito para perceber que a decisão do Tribunal Constitucional, que declara inconstitucional a suspensão dos subsídios de férias e de natal dos trabalhadores do setor público, não está propriamente no sacrifício financeiro imposto aqueles trabalhadores, mas no facto de não se ter imposto igual sacrifício aos trabalhadores do setor privado...pelo que, a prazo, tudo o que em matéria de direito do trabalho não seja equivalente entre uns e outros corre o risco de ser considerado inconstitucional. E também não é preciso ser especialista para perceber que um Tribunal, ainda por cima constitucional, considera uma norma ilegal perante a Constituição mas aceita como legal a ilegalidade por mais algum tempo. Mas é preciso ser verdadeiro especialista para saber para que serve a Constituição da República. É que o direito constitucional não é uma ciência oculta mas tem as suas vicissitudes!

publicado por José Manuel Constantino às 10:01

05
Jul 12

Já conhecia a palavra bonzão (um homem bom) e boazona (uma rapariga de encher o olho) agora tenho de acrescentar o bosão! Leio o que sobre o assunto se escreve e no final parece que li uma  diretiva da inspeção de finanças. Tenho de voltar ao princípio porque não percebi nada!

publicado por José Manuel Constantino às 12:22

04
Jul 12

Quem acompanhou o modo como algumas universidades, sobretudo do setor privado, atribuiriam equivalências para efeito de obtenção do grau de licenciado não surpreende a trapalhada em que, de acordo com o noticiado, está envolvido o ministro Miguel Relvas. O caso tem o relevo que tem por se tratar de uma figura pública. Mas casos deste tipo são às centenas. E perante o que se sabe estranha-se o silencia sepulcral da tutela do Ensino Superior e Universitário ,do Conselho dos  Reitores, da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e das instituições universitárias que ainda prezam a qualificação académica por via da respetiva formação e não pela atribuição de créditos ao desbarato…

publicado por José Manuel Constantino às 11:05

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Autor: JOSÉ MANUEL CONSTANTINO
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