A decisão do Tribunal Arbitral do Desporto sobre o “caso Carlos Queiroz”anulando a decisão de uma instância administrativa nacional podia ser apenas uma apreciação judicial distinta. Neste caso, como em tantos outros, não seria a primeira vez que uma instância de recurso aprecia os mesmos factos de modo distinto das decisões das instâncias primárias . O caso só é diferente porque houve uma clara e indisfarçável politização e governamentalização da decisão nacional. E só isso justifica que perante a decisão agora conhecida ela não possa ter apenas consequências jurídicas. Tem de ter consequências políticas. Quem extravasando as suas funções politizou o que deveria ser, tão só, uma apreciação e decisão de uma instância administrativa, perdeu. Não uma decisão .Mas a autoridade para exercer as funções que lhe estão cometidas.