Quando a gente pensa que sabe todas as respostas,vem a vida e muda as perguntas

21
Ago 07

A ausência de adequada agenda política, torna uma palermice de jovens ditos “ecológicos” num caso de confronto político. Responsabilizar o governo porque um bando de meninos e meninas patetas se entretiveram a destruir uma exploração agrícola é pura demagogia. Vir defender as forças policiais que, como as imagens da televisão o demonstram, assessorou e enquadrou a marcha ilegal e contemporizou com os actos de vandalismo é outra face da mesma retórica barata. Esperar que o Bloco de Esquerda, que vive desta tropa fandanga e deste tipo de folclore político, condene o sucedido é pura estultícia. Melhor fora ficarmos com o sentido profundo das palavras do comandante da GNR presente no local:”tocaram tambores ,ouviu-se música e a coisa ficou por ali". A verdadeira fusão entre manifestantes e forças policiais. É a estética do movimento a que se referia Miguel Portas.Como diria uma amiga minha o país”segue para bingo…”,perante a preguiça e a acomodação dos governados.

publicado por José Manuel Constantino às 10:32

Leio estupefacto o aplauso do eurodeputado do Bloco de Esquerda Miguel Portas à acção de “desobediência civil ecológica” perpetrada por cem manifestantes da associação Verde Eufémia numa plantação de milho transgénico no Algarve.
Como é possível legitimar a invasão de uma propriedade privada e destruição da fonte de rendimento de um agricultor?
É um argumento aceitável e discutível que os organismos geneticamente modificados podem oferecer problemas de saúde pública.
Mas é intolerável, num Estado, que se reclama de Direito Democrático, que os argumentos não se discutam, sejam impostos pela força e destruição de um grupo de energúmenos.
Muito mais grave é um responsável político, eleito pelos cidadãos, defender qualquer meio de autoritarismo, desrespeito e violação da propriedade privada.
Parece ser aceitável para o Sr. Portas, numa democracia, o desrespeito por direitos de cidadania, a ausência de diálogo, o autismo e a imposição da lei do mais forte. Será este o discurso em que se posiciona a nova esquerda que constantemente reclama o seu partido?
Para os manifestantes a "desobediência" poderá resultar numa pena em sequência da queixa já apresentada. Qual a “pena” aplicada aos dislates deste senhor, que com afirmações desta indole, põe em crise os pilares fundamentais de uma democracia cada vez mais fragil?

oprincipal a 21 de Agosto de 2007 às 15:31

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Autor: JOSÉ MANUEL CONSTANTINO
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