Quando a gente pensa que sabe todas as respostas,vem a vida e muda as perguntas

05
Jul 07

Percebeu-se o que a senhora queria dizer, mas não se conseguiu perceber o que disse. A explicação-para sermos condescendentes usamos esta expressão-que  a Secretária de Estado da Saúde quis dar sobre os locais onde se pode criticar o governo,”em casa, nas esquinas,  ou nos cafés  entre amigos” são um momento hilariante da vida pública e revelam que trapalhadas e parvoíces não são património deste ou daquele partido ,deste ou daquele governo. Todos estão abertos a estas bizarrias e não foram uma exclusividade do governo de Pedro Santana Lopes. Um mérito contudo a senhora tem: reconhece que se pode dizer mal do governo. Tem é de haver sensibilidade social, acrescenta, para que se saiba em que condições se pode criticar o governo. Sensibilidade social! Perceberam?

publicado por José Manuel Constantino às 10:43

04
Jul 07

O jornal Público ,afirma, na edição de hoje, que os socialistas, pela terceira vez, mudam de ideias relativamente ao Parque Mayer. Melhor fora dizer que as candidaturas socialistas à Câmara de Lisboa não coincidem na opinião sobre o futuro do Parque. Não conheço a opinião oficial do partido , nem sei se ela alguma vez existiu. Mas isso é irrelevante. O importante é verificar que ,sobre a matéria, as opiniões são muitas e díspares e o assunto corre o risco de se eternizar num folhetim de projectos permanentemente adiados. O que se gasta em conversa melhor fora aplicado em obra. O exemplo do Túnel do Marquês, a mais importante porque muito útil, infra-estrutura criada na capital nos últimos anos, devia ser o aviso de que chega de retórica . Sei que o pragmatismo nem sempre é atractivo para quem toma decisões políticas mas para o Parque Mayer, qualquer solução é preferível ao estado caótico em que se encontra.

publicado por José Manuel Constantino às 15:51

03
Jul 07

É interessante no plano jurídico a questão de saber se é ou não inconstitucional a abertura de correspondência que não pelo próprio, a quem se encontra dirigida. Se existe ou não violação de um direito. Mas seria ainda melhor se não se fizesse do caso da sub-região de saúde de Castelo Branco um fenómeno isolado e se reconhecesse que essa é uma prática comum a muitos organismos da administração pública central e local.O que está em causa, mais de que uma questão jurídica, é um principio de boa educação e de respeito pelos outros. E a ausência desse princípio, como o sabem todos quantos conhecem a administração pública, sempre por muitos foi praticado. Castelo Branco não é um caso único. O que torna o problema grave é precisamente esse.

publicado por José Manuel Constantino às 10:07

02
Jul 07

A delação não é um tique da actual governo. É uma expressão genuína do que de mais abjecto existe na condição humana. A delação anónima, por despeito, por vingança ou por inveja é o grau último deste comportamento. Os casos que ultimamente têm vindo a público revelam contudo um outro lado do problema: o da institucionalização de uma cultura política que acolhe e que ao fazê-lo estimula e promove a bufaria. Para quem conheceu e viveu em ditadura não pode deixar de associar estes comportamentos a uma mentalidade pidesca. Mas compreendo que tudo isto diga pouco a quem conhece apenas a democracia como regime formal mas ignora o que ela deve representar com escola de valores e de cidadania.

publicado por José Manuel Constantino às 15:21

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Autor: JOSÉ MANUEL CONSTANTINO
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