José Sócrates teve razões para encher a taça de champanhe e brindar ao sucesso do Tratado de Lisboa. Mas como socialista e chefe do Governo a alegria da madrugada não o deve fazer esquecer a vergonha da tarde. O pior que lhe pode acontecer é fazer como Durão Barroso e António Guterres: banalizar os protestos sem um mínimo de sobressalto ou inquietação sociais. Mais cedo ou mais tarde o pagamento é com juros.