Os que apontam que a Europa, mais do que uma crise financeira e das dívidas soberanas vive uma crise de politicas e de liderança na construção do projeto europeu, parecem ter razão. Se a vontade europeia se resumiu durante muito tempo à adição das vontades de Merkel e Sarkozy o gesto de Hollande de escolher Merkel para fazer a primeira visita de Estado é um péssimo sinal. E é sobretudo um gesto que contraria tudo o que andou a dizer sobre o projecto europeu assente a na solidariedade entre todos países e na igualdade de manifestação de vontades.