Gastamos mais tempo a dizer mal dos outros do que a apreciar o bom exemplo dos outros. Convivemos mal com o sucesso alheio. Quando alguém o consegue encontramos sempre razões que atinjam ou diminuam esse sucesso. O respeitar e valorizar o outro não está no nosso código genético. O fazer ainda melhor que o outro não se inscreve na nossa mentalidade e maneira de ser. Em seu lugar, reside o fazer o que outro devia ter feito e não fez.O de nos desculparmos em não poder fazer, porque o outro o não fez.O de encontrar culpa sempre no outro, com meio de elevar o nosso próprio mérito. E nesta enunciação se valoriza o enunciador e se desvaloriza o outro.
Está no carácter de muitos poucos, admirar quem lutou, quem prosperou e quem se afirmou. E esta marca identitária limita a nossa capacidade enquanto povo. Não há plano tecnológico ou outro que expurgue esta dimensão da nossa vida que nos consome tempo e energias. E que nos limita enquanto povo e nação.